Ivayr Soalheiro, terminou a última semana vendo sua candidatura puxada para o centro de uma investigação sobre desvios no programa Bolsa Moradia, da prefeitura de Contagem. Uma falcatrua que pode chegar a R$4 milhões de reais. Seu rosto acabou estampado em todos os jornais e ele ganhou espaço até nos telejornais do dia. Uma exposição negativa e em péssimo momento para sua campanha.
A investigação vem desde agosto, quando o próprio prefeito Alex de Freitas foi na Rádio Itatiaia denunciar o caso e pedir apuração. Uma CPI foi aberta na Câmara e até o momento, nenhuma evidência ou depoimento apontavam claramente para a participação de Ivayr.
Segundo informação do Ministério Público, ainda não há nada que ligue o ex-vereador diretamente ao caso. A operação foi feita para verificar se existe ligação de Ivayr com o caso. Essa verificação é necessária, mas o momento escolhido acabou interferindo na corrida eleitoral e dificultando a vida do candidato a prefeito.
Por isso, o vereador licenciado e ex-secretário de Habitação Ivayr Soalheiro ocupou a Tribuna Livre da Câmara nesta terça-feira para, novamente, tentar se defender.
Ele destacou o trabalho transparente da CPI da Câmara na apuração das irregularidades no programa, com as reuniões e depoimentos sendo transmitidos ao vivo pelas mídias sociais.
No entanto, lamentou a divulgação de seu nome na operação que chegou a prender quatro acusados dos desvios. Ele destacou sua trajetória “sem nada a esconder e de honestidade” e o apoio da família e de amigos. E pontuou que o processo tem “maculado o nome de ex-secretários e de servidores efetivos que dedicaram a vida inteira à habitação de interesse social”, e que não teriam envolvimento nenhum com as irregularidades.
Alguns membros da CPI que apura o caso deram seu testemunho. Alessandro Henrique (relator) declarou que “nenhum dos depoimentos apresentaram o nome ou indícios de participação de Ivayr Soalheiro”. E Zé Antônio (presidente) ratificou as palavras, destacando que “em momento nenhum, vimos Ivayr Soalheiro como acusado, mas, ao contrário, muitas vezes ele participou das reuniões para nos ajudar e nos orientar nos trabalhos”.
Por fim, Soalheiro pediu que a Comissão conclua seus trabalhos prontamente, para remeter relatórios e pareceres, no sentido de ajudar o Ministério Público nas investigações. “A verdade e a justiça têm que prevalecer”, concluiu.
imagem: G1
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